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Iniciativas que estimulem a economia circular no uso do plástico e ainda provoquem a conscientização são essenciais para despertar um novo comportamento. Quando isso é aplicado em um evento de grande porte, conhecido mundialmente, pode promover mudanças bastante significativas.
A edição de 2022 do Rock in Rio foi um ótimo exemplo. As empresas Coca-Cola, Heineken, Braskem e Natura se reuniram em uma ação para a reutilização do plástico utilizado durante o festival.
Neste ano, o público foi orientado a descartar os copos plásticos em um dos quatro locais de coleta distribuídos pelo festival. A entrega valia pontos que poderiam ser trocados por brindes, como bolsas térmicas, batons, câmeras fotográficas, entre outros, ou por experiências, como um passeio de tirolesa.
Para o funcionamento dessa cadeia, Heineken e Coca-Cola colocaram mensagens nos copos estimulando o descarte correto. A comunicação do festival também divulgou a ideia.
O material descartado foi recolhido pela Comlurb, que fará a gestão do encaminhamento para as Cooperativas Recicla Mais, Cooper Ecológica e Coopama, para separação. Esses resíduos serão transformados em resina circular da Braskem, que também se responsabilizou pela montagem dos postos de coleta. Por fim, a resina será utilizada para a produção de embalagens de desodorantes corporais da marca Natura.
A tecnologia envolvida no processo
Para garantir o sucesso da operação e monitorar o retorno correto de todos os resíduos coletados, foi firmada uma parceria entre a Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) e a startup Reutiliza Já, para a utilização de tecnologia blockchain.
Com isso, foi implementado um sistema de rastreabilidade dos resíduos, permitindo a fiscalização e o controle e a reciclagem do material. Todo o processo é realizado sob os mais rigorosos controles de qualidade e dentro das especificações técnicas determinadas para a logística reversa de recicláveis.
Metas de sustentabilidade e outras iniciativas
O Rock in Rio é o primeiro festival da América Latina a ser certificado pela ISO 20121 (Sistema de Gestão de Eventos Sustentáveis) e conta com metas de sustentabilidade a serem cumpridas.
Entre elas, a redução de 10% na geração de resíduos (que chegou a 350 toneladas em 2019), além da reciclagem de 80% de todo o material sem uso após o evento.
As demais empresas envolvidas também entraram com ações paralelas. A Heineken pretende transformar os copos de acrílico usados no estande em “madeira plástica”, enquanto a Coca-Cola incentivou a reciclagem das garrafas PET destinadas para a venda pelos ambulantes. Essas garrafas também puderam ser trocadas por pontos nos postos de coleta do festival.
A iniciativa parece ter sido bem-sucedida. Apenas no primeiro fim de semana do festival, entre 2 e 4 de setembro, foram recolhidas mais de 70 toneladas de resíduos, segundo dados da Reutiliza Já publicados na Veja. Desse montante, 40,607 kg são compostos por plástico.
Ações como essa promovem a geração de empregos, ajudam a educar o consumidor, que percebe a importância da destinação correta dos resíduos, e fomentam a economia circular. A adesão de grandes empresas à campanha reforça a importância de novas abordagens sobre o sistema de consumo atual e o desenvolvimento de novas estratégias que viabilizem a reutilização não só dos plásticos, mas de todos os resíduos que podem ser reciclados.
Fontes:
https://blocktrends.com.br/como-rock-in-rio-esta-usando-a-tecnologia-blockchain-para-reciclar-lixo/
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