Plástico se transforma em combustível: uma opção no combate aos resíduos

Governo anuncia comissão para incentivar projetos verdes
outubro 25, 2021
Créditos plásticos: um caminho para a economia circular
novembro 26, 2021
Governo anuncia comissão para incentivar projetos verdes
outubro 25, 2021
Créditos plásticos: um caminho para a economia circular
novembro 26, 2021

Plástico se transforma em combustível: uma opção no combate aos resíduos

O custo de coletar o plástico marinho é muito alto – mas os navios podem usar como combustível o próprio plástico que coletam e criar uma operação de limpeza autossustentável 

Navios especiais equipados com mini-usinas poderiam coletar o plástico do oceano e convertê-lo em combustível. Ele forneceria energia não apenas para a conversão, mas também para mover o navio e isso criaria uma operação de limpeza autossustentável. 

Até 12,7 milhões de toneladas de plástico entram nos oceanos a cada ano e, eventualmente, se transformam em  micropartículas que entram em nossa cadeia alimentar. Os esforços atuais de limpeza usam navios que coletam e armazenam plástico antes de retornar ao porto. Estas embarcações percorrem grandes distâncias para descarregar o lixo e reabastecer. Isso consome muito tempo e usa muito combustível fóssil. 

Michael Timko, do Worcester Polytechnic Institute, Massachusetts, e seus colegas acreditam, porém, que esse plástico pode ser convertido em combustível em um navio em alto mar através de um processo chamado liquefação hidrotérmica. Isso envolve a decomposição do material em polímeros constituintes a temperaturas de até 550 °C e pressões de 27.500 kPa. 

Eles acreditam que combustível suficiente pode ser criado a partir do plástico para sustentar o processo de conversão, alimentar o navio e até mesmo armazenar o excedente. 

O pesquisador sugere que grandes barreiras colocadas na Grande Mancha de Lixo do Pacífico (sigla em inglês: GPGP), uma área que se acredita cobrir 1,6 milhão de quilômetros quadrados onde os resíduos se acumulam naturalmente. Ele acredita que poderiam reunir plástico suficiente para que um único navio pudesse converter 11.500 toneladas por ano. 

Timko, que também é professor, acrescenta que os dados sobre a densidade do plástico na GPGP são escassos. No entanto, ele garante que um navio poderia ser totalmente autossuficiente durante a coleta de plástico de uma barreira e até mesmo gerar excesso de combustível para viajar entre as barreiras e, eventualmente, voltar ao porto. 

A queima do combustível criado geraria emissões gases do efeito estufa, mas seriam significativamente menores do que as emissões associadas a um navio tradicional que coleta plástico e o transporta de volta ao porto para reciclagem. 

Referência: 

PNAS, DOI: 10.1073 / pnas.2107250118 
Disponível em: https://www.pnas.org/content/118/46/e2107250118 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *