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Na indústria da música, há muitas opiniões sobre quando começa o ciclo de vida de uma música, se no estúdio ou durante a composição, e quando termina, durante a masterização ou até mesmo no lançamento.
Embora o ciclo de vida em si permaneça em debate, o que não pode ser contestado é a importância do plástico em cada etapa.
Desde os instrumentos até os discos, os plásticos são um importante material para os músicos e sua arte.
Vale citar que os plásticos substituem produtos animais em diferentes aplicações musicais, preservando a vida selvagem. No geral, os plásticos tornam possível a indústria da música contemporânea.
Os plásticos são uma alternativa sintética e humana para instrumentos
Desde o primeiro acorde ou nota de uma música, os plásticos desempenham um papel fundamental nos instrumentos usados. Historicamente, instrumentos como pianos, baterias e guitarras eram feitos de produtos animais, e a substituição desses elementos por plásticos ajudou a preservar espécies ameaçadas de extinção e a reduzir práticas de caça predatória.
Por exemplo, instrumentos de cordas feitos de “catgut“, como violões, originalmente usavam intestinos de animais, daí o nome. Agora, esses instrumentos usam cordas de metal ou nylon, portanto, nenhum animal é prejudicado para produzir boa música.
As cordas de violão padrão, mesmo as feitas de metal, também são revestidas com um polímero plástico que as faz durar mais tempo, reduzindo a necessidade de substituí-las com frequência.
Também é possível aplicar a reciclagem para instrumentos musicais e seus componentes. Iniciativas da indústria musical, como o programa de reciclagem de cordas TerraCycle e D’Addario, tornam fácil para os músicos reciclarem as cordas usadas, dando ao mesmo plástico uma nova vida como um produto diferente.
Os primeiros tambores eram feitos esticando a pele de cabras, vacas ou outros animais domésticos sobre uma base oca para criar uma superfície tensa com um som único. No entanto, esses produtos animais exigiam afinação frequente e apresentavam mau desempenho em ambientes úmidos.
As peles de tambor feitas de plástico de tereftalato de polietileno (PET) tornaram-se cada vez mais populares devido à sua durabilidade e som mais consistente, e desde então são as peles de tambor mais usadas hoje em dia.
Finalmente, as teclas de piano são o produto animal mais infame. Elas eram inicialmente feitas com o marfim dos dentes de elefante, um material altamente criticado e controverso, geralmente adquirido por meio de práticas de caça desumanas e, em muitos casos, ilegais. Na década de 1950, as teclas de marfim do piano foram substituídas por plástico branco e, em 1989, o uso de marfim novo nas teclas do piano foi proibido completamente. Não só as teclas de piano de plástico são seguras para a vida selvagem, como também são mais acessíveis e fáceis de manter, e nenhum elefante é prejudicado para a sua produção.
Mais de 98% dos pianistas de concerto de hoje usam pianos com teclas de plástico branco, provando que as teclas de plástico produzem uma música incrível e tão boa, ou até melhor, do que a de um piano com teclas de marfim.
Plásticos permitem gravações claras
Os plásticos também têm um papel crucial na gravação de música. Muitas cabines de gravação são isoladas com folhas de plástico de cloreto de polivinila (PVC), um material de alta densidade que bloqueia os sons para garantir que as gravações capturem apenas música clara, sem ruído de fundo ou interrupções.
As folhas de PVC são especialmente úteis para cabines de gravação em casa devido à sua flexibilidade, pois podem ser instaladas em superfícies planas ou curvas.
Mesmo para estúdios de gravação portáteis, o plástico é preferido devido ao seu design leve e resistente, o que permite aos músicos gravarem mesmo quando estão em turnê ou longe de um estúdio formal.
As cabines portáteis contam com cobertores de isolamento acústico pendurados em tubos de PVC para que fiquem à prova de som, e o plástico é o material perfeito por ser forte o suficiente para manter a estrutura sob os pesados cobertores, e ao mesmo tempo leve para que seja facilmente transportado, ao contrário do metal ou madeira.
Você sabia que os discos são de plástico?
Discos de vinil, assim como estúdios de gravação, são feitos de plástico de PVC, e estão ressurgindo em popularidade com níveis de demanda não vistos desde o auge dos discos nos anos 80.
O vinil continua sendo fundamental para a indústria da música, porque beneficia tanto músicos quanto ouvintes. Na era digital em que o streaming de música é a norma, os discos de vinil são representações físicas da música e para muitos, proporcionando uma melhor experiência auditiva. LPs coloridos e edições com design especial tornam-se itens de colecionador e são orgulhosamente exibidos em prateleiras com capas interessantes e encartes ricos em informações.
Para os músicos, especialmente artistas independentes menores, o vinil também é mais rentável do que o streaming; 450.000 streams no Spotify rendem aos artistas o mesmo lucro que eles teriam com apenas 100 vendas de um vinil de preço médio.
Os músicos também estão buscando o conceito de circularidade em seus discos. Uma colaboração recente envolvendo a Universal Music Group e o cantor-compositor Nick Mulvey resultou na criação de discos ‘ocean vinyl‘, feitos a partir de plástico retirado do oceano e reciclado. Este é o primeiro vinil comercialmente disponível feito de plástico reciclado, e um sinal empolgante para um futuro com álbuns completamente completamente circulares.
A indústria da música contemporânea depende de plásticos para produzir as trilhas sonoras de nossas vidas, permitindo que os músicos aprimorem sua arte e que os ouvintes tenham uma experiência de alta qualidade. O uso de plásticos em discos de vinil e instrumentos livres de crueldade também mostra como ele é versátil como material e importante em todas as etapas da música. Inovações como o Ocean Plastic LP mostram que é possível inovar e provam que o ciclo de vida de uma música pode contribuir para a economia circular.
Fonte: https://thisisplastics.com/uncategorized/plastics-the-soundtrack-of-your-life/