O governo federal lançou nesta segunda-feira (25) o Programa Nacional de Crescimento Verde, que sistematiza as ações do Brasil nas áreas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável.

O Palácio do Planalto e os Ministérios do Meio Ambiente e da Economia, responsáveis ​​por comandar a iniciativa, não detalharam as mudanças contempladas neste programa. A iniciativa deve ser apresentada na próxima semana na conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia.

Segundo o governo, os principais objetivos do programa são “combinar a redução das emissões de carbono, a conservação das florestas e o uso racional dos recursos naturais com a geração de empregos verdes e crescimento econômico”.

Entre as áreas beneficiadas pelas linhas de crédito estão: gestão de resíduos, saneamento, agricultura de baixa emissão, ecoturismo, energia renovável, conservação e restauração florestal, mobilidade urbana, entre outros.

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto criando o Comitê Interministerial de Mudanças Climáticas e Crescimento Verde. A forma como o Brasil lida atualmente com a devastação do meio ambiente é criticada internacionalmente.

A COP é um encontro anual que reúne 197 nações para discutir as mudanças climáticas e como os países pretendem combatê-las. Ela faz parte de um acordo internacional assinado por praticamente todos os países e territórios do mundo com o objetivo de reduzir o impacto da atividade humana no clima.

A maioria dos países apresentará seus planos de redução de emissões antes do início da conferência, de modo que será possível avaliar se o mundo está no caminho certo para atingir a meta do Acordo de Paris. Mas durante as duas semanas da COP 26, novos anúncios de medidas são esperados.

Espera-se que alguns sejam bastante técnicos, incluindo regras que ainda são necessárias para implementar o Acordo de Paris, por exemplo.

Ao final da conferência, uma espécie de declaração é esperada. Cada país deverá assinar o documento, que pode incluir compromissos específicos para alguns governos.

Plástico: um trunfo para nossa economia verde

Essa movimentação tanto do governo brasileiro quanto de outros países em direção a uma economia sustentável mostra uma tendência para o aquecimento  para esse mercado e principalmente uma oportunidade de negócio.  

Apesar dos benefícios que os plásticos têm trazido para a sociedade, continuam a circular percepções negativas sobre o material. Com a sustentabilidade em destaque,  a criação de um processo de reciclagem de ciclo fechado para plástico está na vanguarda da inovação e pode ajudar a mudar essa imagem do material.

Ao contrário do equívoco popular, o plástico deve ser considerado uma parte valiosa de nossa economia verde e uma solução, não parte do problema!

Hoje, os produtores de plástico têm pouco ou nenhum incentivo para considerar a reciclagem ou a reutilização ao projetar os produtos. O mau funcionamento dos mercados de plásticos reciclados é uma das maiores barreiras que uma economia de plásticos circular enfrenta, apresentando um desafio para melhorar as taxas globais de reciclagem. 

As matérias-primas para a maioria dos plásticos são os combustíveis fósseis, que atualmente são mais baratos de usar do que os materiais reciclados. Por isso, a economia da reciclagem de plástico é fraca.

Embora vejamos muitos compromissos e metas arrojadas para a reciclabilidade, poucos estão pensando sobre seu papel na criação de demanda – ou seja, estimular os mercados finais para o material reciclado. 

Para impulsionar a demanda, as empresas devem usar resina pós-consumo (PCR) sempre que possível. O uso de PCR estimulará a demanda pelos materiais, criando mercados finais vitais que tornam o fluxo doméstico de reciclagem viável. E para tudo isso aconteça é necessário que existam incentivos econômicos para criar um preço competitivo para esse PCR. 

A economia circular para plásticos oferece uma visão promissora para conter a onda de resíduos de plástico

Referências:

Governo lança ‘Plano de Crescimento Verde’ focado em iniciativas sustentáveis

Plastics and a circular economy