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Empresa francesa desenvolve molde plástico para recuperação de lesões

skincasts

A versatilidade que o plástico oferece permite aplicações cada vez mais importantes para a sociedade, inclusive aplicações médicas. Por ser um material leve, resistente e que pode ser moldado de diversas maneiras, as possibilidades são infinitas.

Um ótimo exemplo é o produto desenvolvido pela startup francesa SkinCasts, que passou a produzir um novo tipo de molde para tornozelo, punho e cotovelo usando impressão 3D. Chamado de SkinCast, esses moldes são feitos de PLA e representam uma alternativa para os moldes padrão, que são pesados e restritivos.

Desenvolvido em colaboração com o estúdio Vr’tig.0, especializado na criação de impressões 3D usadas para aplicações médicas, o SkinCast foi desenvolvido após anos de pesquisas envolvendo cirurgiões e engenheiros.

Moldes à base de poliéster

Os novos tipos de moldes são feitos de PLA, um poliéster reciclável e biodegradável obtido de recursos renováveis como amido de milho, raízes de tapioca ou cana-de-açúcar. E usando os processos de impressão 3D para a fabricação, é possível criar moldes sob medida e personalizados.

Eles são produzidos a partir do escaneamento da parte do corpo que sofreu o trauma. O arquivo é importado para um computador que contenha um programa voltado para desenho (CAD). São necessárias cerca de 4 horas para imprimir o molde, mas esse período pode variar de acordo com o tamanho do projeto.

Super leve, forte, confortável e respirável

O produto final é um molde ajustável de aparência incomum, no formato de uma manga de blusa, com textura de favo de mel. A malha permite que a pele respire, evitando maceração e coceira.

Essas órteses são “radiotransparentes”, ou seja, permitem que sejam feitas radiografias para monitorar o progresso da lesão, algo impossível com os moldes tradicionais.

Leves e pouco invasivos, os SkinCasts proporcionam liberdade para as articulações adjacentes e não causam atrito em possíveis cicatrizes.

Como o PLA é um material resistente à água, os pacientes podem lavar as mãos, tomar banho e até mergulhar, como nos casos de tratamento com balneoterapia, oferecendo o suporte necessário aos membros em recuperação sem pesar.

Embora existam estudos que comprovem que o plástico biodegradável não é exatamente a melhor solução para o ambiente, por precisar de condições muito específicas para a decomposição, produtos como o SkinCasts evidenciam a importância do plástico e abrem espaço para pensar em maneiras cada vez mais inteligentes de aproveitar essa tecnologia a nosso favor.

Fonte:

https://plastics-themag.com/SkinCast-a-new-kind-of-3D-cast

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