A complexidade da proibição das embalagens plásticas

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A complexidade da proibição das embalagens plásticas

embalagens plásticas

Você poderia pensar que uma proibição total de embalagens plásticas resolveria todos os problemas ambientais que temos com elas de uma só vez. Infelizmente, não é tão simples assim.

Não se pode proibir as embalagens plásticas sem alternativas adequadas para os fabricantes adotarem. O problema é que, embora haja muitas alternativas ― papel, vidro, alumínio ― nenhuma delas pode substituir diretamente muitos dos usos do plástico.

Os benefícios do plástico

O plástico é particularmente eficaz na proteção de produtos, mantendo-os herméticos, à prova d’água e higiênicos. Isso é essencial para atender aos padrões de saúde e segurança para alguns produtos, como medicamentos ou desinfetantes, mas também é importante para manter certos tipos de alimentos frescos (como peixe e carne crua, ou pepinos, que podem durar 15 dias a mais quando embalados a vácuo). Manter os alimentos frescos reduz o desperdício, que é outro grande contribuidor para as mudanças climáticas.

E os benefícios do plástico não param por aí. O plástico é mais leve do que outras opções de embalagem, o que facilita o transporte ― e também reduz as emissões de carbono. Pode ser moldado em qualquer forma, não é frágil como o vidro ou papel, e é fácil de imprimir etiquetas de uso e advertência. A triste realidade é que o plástico pode fazer coisas que outros materiais não conseguem.

Preocupações ambientais com alternativas ao plástico

Há outro problema com a proibição total das embalagens plásticas: substituí-las por outros materiais nem sempre é mais ambientalmente amigável. Existem outros fatores em jogo, e os prós e contras de cada um devem ser considerados ao encontrar um equilíbrio entre a opção mais funcional e a mais sustentável.

Alternativas ao plástico também podem causar problemas ambientais. Vidro e metal, por exemplo, não se degradam e podem causar poluição em terra e no mar, assim como o plástico. Avaliar o impacto de um material específico no planeta é complexo, com vários fatores envolvidos: peso, distância percorrida, reciclabilidade, descarte, quantidade de terra e água necessária para sua produção e os processos usados em sua criação.

Uma solução melhor: manter o uso e proibir o plástico não reciclável

Independentemente do material, é sempre melhor mantê-lo em uso o maior tempo possível para que continue oferecendo valor. Reduzir nosso uso de plástico, reutilizá-lo quando podemos e reciclá-lo quando não for mais possível usá-lo é a melhor maneira de aproveitar ao máximo esse material. No Reino Unido, a maioria dos cidadãos pode aproveitar as coletas de reciclagem porta a porta para reciclar itens como garrafas plásticas, potes, recipientes e bandejas. Sacos plásticos e embalagens serão introduzidos nas coletas porta a porta nos próximos cinco anos. No Brasil, você pode separá-los para que a coleta seletiva dê a destinação correta.

Materiais reciclados têm um impacto ambiental significativamente menor, e, em um mundo ideal, eles constituiriam todas as embalagens e seriam recicláveis também ― para que continuem trazendo valor ao invés de serem descartados. Já estamos dando grandes passos nessa direção, mas, se tivermos que proibir algo, deveria ser o plástico não reciclável. O plástico descartável também pode ser reciclado, desde que receba a destinação correta.

Fonte:

https://www.recyclenow.com/how-to-recycle/ban-plastic-packaging

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